Venho tentando manter uma constância na escrita. Ao menos aqui. Todas as sextas. Têm funcionado. Mesmo sem muita inspiração, acaba que toda semana sobra alguma coisa para dizer, ou melhor, escrever.
Não tendo nada muito específico novamente, resolvi falar sobre a escrita. A leitura sempre teve um papel importante na minha vida. A leitura em geral, não somente literatura. Minha formação acadêmica (Doutorado em Economia) exigiu muita leitura, minha "formação" como mãe ainda exige, aprender línguas estrangeiras também, tentar evoluir como ser humano vai exigir ad aeternum, enquanto dure.
Já a escrita, também perpassou minha infância, juventude e segue na vida adulta e senhoril. Lembro que quando tinha uns 9 ou 10 anos fiz um caderno de poesias, e tristemente descobri um dia que alguma amiga minha teve acesso a ele e o rabiscou inteiro, inclusive as folhas em branco. Lembro até hoje, meu sentimento quando vi tudo rabiscado com raiva, ... aliás digo amiga pois nunca soube realmente quem foi que provocou o vandalismo, sempre desconfiei, mas nunca tive a certeza (não sou rancorosa, mas tem coisas que não esqueço rsrs).
Minhas lembranças de infância, juventude sempre foram permeadas por leitura e escrita, mais por leitura, mas a escrita sempre me fascinou.
Venho me dedicando mais a esta arte ultimamente, apesar de simultaneamente me dedicar ainda mais a leitura. Com o canal das Primas, temos um compromisso de leitura que faço com muito prazer, mas o que implica um pouco mais de tempo, afinal temos de ler reservar um tempo para a gravação e edição e preparo dos vídeos. Tento ler também os livros que falam sobre a escrita. Projetos rolam paralelamente, na escrita, além de colocar algumas ideias aqui toda semana, venho seguindo um projeto de escrita supervisionado pela querida Nara Vidal. Estou gostando muito do processo e sempre repito, inclusive para ela, como é importante termos o feedback de quem nos lê, como isso é importante para o autor no processo de escrita, nem que seja trocar ideias, conversar sobre estilos e confessar seu processo criativo.
Vim conversando com ela que a ideia de uma história começa grande, e vira simples, e só consegue ganhar corpo novamente com o processo, a convivência. Pra mim, quando começo a desenvolver uma história, preciso de tempo para "conviver" com os personagens, para senti-los, imaginá-los e assim conseguir desenvolvê-los em palavras. Meu processo criativo exige essa "loucura" de carregar os personagens comigo, de pensar e até mesmo conversar com eles. Parece meio que esquizofrênico, mas é como eu vivencio a escrita.
Ah, falamos sobre o tempo também, the hours, always the yours... confessei que talvez se tivesse mais tempo livre para escrever, escreveria mais, porém se dispusesse de muito tempo livre destinado somente a escrever, talvez não escrevesse tanto assim. Minhas ideias veem em momentos mais estranhos: correndo, lavando louça e tomando banho. Tenho de confiar muito no meu cérebro para me lembrar dessas ideias, o que tem funcionado relativamente bem até então.
Então o processo criativo continua, do jeito que dá, mas continua. Se você gosta de ler e escrever siga a newsletter e deixe seu comentário para te seguir também, e vamos papear sobre ler e escrever!
Até a próxima semana!
As ideias surgem nas horas mais esquisitas mesmo. E temos que aguarrá-las!